- Como se chama a tua nova namorada? (1)
- Cristina. (2)
-Ai. Que a Cristina me vai odiar! (3)
- Não vai nada. Ela nunca vai saber que isto aconteceu… (4)
(1) Perguntou a Joana, assim que consegui voltar a falar, quando espasmos do corpo se desvaneciam e a rouquidão da garganta era amaciada pelo fumo do cigarro.
(2) Disse eu, fracamente pouco interessado naquele tipo de conversa, sobretudo agora que o corpo me pedia descanso e a mente pedia ausência e silêncio.
(3) Joana levou as mãos à cabeça, tapando ostensivamente os olhos, como se procurasse esconder a vergonha que na altura sentia.
(4) Resignado com impossibilidade de evitar o diálogo, virei-me para ela, afastei-lhe as mãos da cara, afaguei-lhe o cabelo e beijei-lhe suavemente a testa…