segunda-feira, 6 de outubro de 2008

O Fim

Maior parte das vezes o fim assume sempre formas diferentes, mas mantém sempre a mesma consistência…
“Eu sinto, cada vez mais frequentemente, desejo por outros homens.” Disse a Cristina fitando o infinito vazio da rua, evitando olhar para mim.
Conseguem sentir o ar a tornar-se viscoso?, tornando cada vez mais difícil qualquer tipo de movimento ou reacção?
“Talvez, se fosses mais homem, nós poderíamos ter tido mais sexo” continua ela, plastificando a gosma incolor e inodora que nos rodeia, impedindo-me de respirar de uma forma normal, turvando a minha memória.
O regresso a casa foi difícil, demasiado lento e obscuro. Aquilo mais recordo é a imagem dos edifícios que se pareciam arquear sobre a rua…

1 comentário:

éme. disse...

Os fins são sempre estranhos...
Se muito rápidos e (aparentemente) indolores, por terem sido demasiado rápidos;
Se lentos e recheados de demoras e dúvidas, por terem sido prolongados demais;
Se no tempo certo... por, se calhar, não ser assim tão certo que o fim fosse o caminho...
Digo eu, mas eu não percebo nadinha de começos, quanto mais de fins!
;)

(breve nota: este mês está a parecer-me infindável...)
Beijos