Abordamos a margem esquerda e ficamos a olhar aquela colina preenchida de casas, suavemente afagadas por um Sol primaveril. Beatriz veladamente despedia-se de mim e daquela urbe. Ela descrevia como esta cidade era cada vez mais confinada, de tal forma que não deixava as pessoas crescerem. “Aqui sinto-me estrangulada. Esta cidade é pequena demais para mim…” Mas a voz dela parecia demasiado distante, de alguma forma embaciada pela lonjura de distantes dias que partilhamos. Eu apenas conseguia concentrar-me na imagem da cidade que se ia enrolando numa espiral ascendente, tentando atingir aquela torre que na realidade apenas a esmagava, como uma serpente que por uma qualquer razão idiota renega o seu corpo e tenta a todo o custo destruí-lo.
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4 comentários:
Tem aspecto de ser Coimbra
Sem dúvida que é Coimbra...
Frequentamos o mesmo espaço quase de certeza, se fores ao Académico e pedires um café à noite se clhar sou eu que to levo.
Sem dúvida é a inconfundivel Coimbra! :)
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