quarta-feira, 30 de abril de 2008

Elogio ao Amor

É uma noite quente e calma de Primavera. As estrelas e a lua nada nos dizem; limitam-se a acompanhar o nosso lento passeio. Embora as ruas estejam desertas os seus cabelos louros brilham de uma forma envergonhada, sempre que passamos pela luz de um candeeiro. Eu sinto a sua mão bem junto à minha e saboreio todos os pormenores daquele momento.
Não falamos. Apenas caminhamos de uma forma lenta, o que a mim me agradava imenso.
O silêncio que se partilha sem desconforto é algo de maravilhoso…
Mas rapidamente chegamos à entrada de sua casa. As nossas mãos continuam unidas e os nossos corpos estão tão perto que chego a sentir o seu calor. Inspirado pela cumplicidade das estrelas tento beijá-la, mas apenas sinto os dedos da sua mão que suavemente me tocam nos lábios.
- Não. Disse ela, não estragues este momento. Eu quero recordar-te assim, imaculado...

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