No fim da tarde fui ao "Capri". Pedi uma cerveja (já estava bêbado, para quê parar agora?). Numa mesa ao canto do café estava uma rapariga que eu só vi quando ela se levantou e se dirigiu a mim. Perguntou se se podia sentar e eu disse que sim. Sempre era melhor partilhar a ausência de neurónios na companhia de uma bela mulher, do que estar só com essa estranha forma de vazio. Tinha falado com ela duas ou três vezes, só porque ela vivia no prédio em frente do prédio da puta que me tinha deixado, mas que eu amava. A rapariga falava e sorria, mas eu sinceramente quase não ouvia o que ela dizia. Só conseguia pensar que ela era demasiado bonita e, infelizmente, demasiado nova.
Tinha o rosto e os braços bastante queimados o que me fez recordar que era Verão. Mas o que me impressionava mais eram aqueles olhos azuis de uma profundidade marítima.
Tinha o rosto e os braços bastante queimados o que me fez recordar que era Verão. Mas o que me impressionava mais eram aqueles olhos azuis de uma profundidade marítima.
Ana era o seu nome e quando lhe perguntei a idade confirmei as minhas suspeitas que poderia ser preso se a levasse para a cama.
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